Os dez melhores times da Superliga Feminina 2017/ 2018 se reuniram para aprovar as novas regras da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para próxima temporada e validaram também o novo ranking de vôlei feminino com inclusão de novas atletas.
O sistema de ranking de vôlei feminino foi criado pela CBV com intuito de equilibrar as forças e limitar a participação de no máximo duas atletas de pontuação máxima por equipe. Além desta regra, os clubes aprovaram a limitação de no máximo duas jogadoras estrangeiras por time na Superliga Feminina 2018/19.
A grande surpresa do novo ranking de vôlei feminino foi a inclusão da oposta Tifanny, do Vôlei Bauru. Grande destaque do time paulista, ela foi a primeira atleta transexual brasileira a entrar em quadra em uma partida válida pela elite do vôlei nacional após conseguir permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
Com maior média de pontos por set da competição, Tifanny se viu em um grande debate ao longo da temporada sobre a inclusão de atleta transexual em torneios femininos. A discussão ainda não tem fim. Em declaração, a oposta viu com naturalidade sua inclusão no novo ranking de vôlei feminino.
“Já esperava. Por isso, não fiquei triste ou chateada. Se outras jogadoras fortes também estão no ranking com sete pontos, é justo eu também estar. Não sou a única com sete pontos. Então, seguimos as regras”, afirmou.
Atletas no ranking de vôlei feminino 2018
- Opostas Tandara e Tifanny Abreu
- Levantadora Dani Lins
- Centrais Fabiana e Thaísa
- Ponteiras Fernanda Garay, Gabi Guimarães e Natália,
Cada clube poderá assinar contrato com no máximo duas atletas da lista acima. Deixaram o grupo as bicampeãs olímpicas Jaqueline e Sheilla.
A reunião que definiu os procedimentos para Superliga Feminina 2018/19 contou com votação de representantes do Dentil/Praia Clube (MG), Sesc RJ, Camponesa/Minas (MG), Vôlei Nestlé/ Osasco (SP), Hinode Barueri (SP), Fluminense (RJ), E. C. Pinheiros (SP), Vôlei Bauru (SP), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) e BRB/Brasília Vôlei (DF). Além do presidente da Comissão de Atletas, André Heller, esteve presente na reunião a bicampeã olímpica, Sheilla, como convidada. Atuaram como mediadores da CBV o superintendente de Competições de Quadra, Renato D´Ávila, e a gerente da mesma unidade, Cilda D´Angelis.
O ranking de vôlei feminino oficial foi implantado na temporada 92/93, com o objetivo de gerar equilíbrio entre os times participantes da competição e definia pontos de zero a sete com limitações para cada clube montar seu elenco. Na temporada 16/17 os clubes atualizaram o regulamento, eliminando a pontuação geral, passando a limitar apenas as jogadoras de pontuação máxima.
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Eu acho legal esse equilíbrio dos times, isso torna o campeonato mais emocionantes. Sou treinador crio o mesmo sistema, para outras não serem tão prejudicadas. Parabéns!!!
Eu só quero saber se Jaque irá jogar em algum time na Superliga 2018/19 para preparar a minha torcida. Ainda se jogará o mundial. Acredito que seria ainda tempo das veteranas jogarem porque as novatas fizeram feio no jogo das nações. 4° lugar ficou feio para uma seleção recentemente bicampeã olimpica do mundo.
A verdade é que estamos em um processo de renovação. As novas atletas precisam ainda se acostumar com a camisa da Seleção. Isso não é fácil e não é natural, é um processo normal. Ainda não temos as confirmações dos times para a próxima Superliga, mas acho que ela ainda joga uma ou duas temporadas normalmente, antes da aposentadoria.
Urge criar mais equipes, em todas as regiões do Brasil. Há muitos jogadores que poderiam formar/administrar equipes, como o Lorena (não sei porque ele nunca foi à Seleção) que poderia motivar a criação de uma equipe (feminina ou masculina, tanto faz) na cidade de mesmo nome, cidade que conheço pessoalmente e que tem pelo menos duas quadras ótimas: CSU e Clube Comercial. Uma cidade carente de esporte desde o fechamento do Hepacaré FC nos anos 1960. Clubes de futebol poderiam também abrir equipes de vôlei, já temos o Cruzeiro então porque não o Atlético-MG?